01 novembro 2011

ONU PEDE CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR PARA O BEBÊ 7 BILHÕES

"Uma população de sete bilhões é um desafio, mas ao mesmo tempo uma oportunidade", disse Ban Ki-moon

Bagarai.com.br
A ONU pediu nesta segunda-feira (31/10) que a comunidade internacional redobre os esforços para melhorar o mundo para que o habitante de número sete bilhões da terra cresça num ambiente com menos desigualdade, independente do país em que essa criança tenha nascido.

"Uma população de sete bilhões é um desafio, mas ao mesmo tempo uma oportunidade", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na sede da organização, em Nova York.

Dessa forma, Ban deu às boas-vindas ao habitante sete bilhões da Terra. A ONU calcula que ele nasceu nesta segunda-feira em alguma parte do mundo. O funcionário lembrou a importância da comunidade internacional trabalhar para erradicar a distância existente entre ricos e pobres.

"Hoje recebemos o bebê sete bilhões. Devemos reconhecer nossa obrigação moral e pragmática de fazer o correto por ele ou por ela", afirmou o diplomata.

Segundo Ban, existem no mundo milhões de habitantes passando fome, com poucas pessoas vivendo de maneira luxuosa. Além disso, apesar dos avanços na medicina, "a cada dia mães morrem ao dar à luz e crianças por beber água suja".

"Gastam-se bilhões em armas para matar ao invés desse dinheiro ser usado para garantir a segurança das pessoas", disse o secretário-geral, que acrescentou que durante sua participação na cúpula do G20 essa semana em Cannes, fará um pronunciamento para chamar a atenção dos líderes mundiais.

"Pensem em nossas crianças, pensem no futuro com visão e amplitude de objetivos", pediu Ban, que afirmou que apesar da crise financeira mundial, "com austeridade fiscal na ordem do dia não se pode romper o pacto em favor dos pobres".

O diplomata sul-coreano repassou os desafios mais importantes que vive o planeta, como a crise de fome no Chifre da África e os enfrentamentos na Síria e no Iêmen. Ele pediu que os assassinatos nesses locais parem imediatamente e que os líderes desses países aprendam com as lições do passado e iniciem um diálogo com a sociedade.

O diplomata disse ainda que o G20 precisa "lidar com todos os problemas diretamente", porque "a população quer respostas dos líderes e esperam soluções, não medidas paliativas ou desculpas".

Ban alertou que "a pobreza extrema, a insegurança alimentícia, a desigualdade e o alto índice de mortalidade estão interligados num círculo vicioso". O secretário afirmou que esse círculo precisa ser rompido para evitar grandes problemas que podem surgir agora e, sobretudo, em 2043.

Nesta data, o organismo internacional calcula que a Terra alcançará nove bilhões de habitantes, dos quais sete bilhões viverão em cidades. Por isso, afirmou Ban, é urgente "que a comunidade internacional se comprometa a reduzir as emissões de gases poluentes em 50% ou até mais".

"Se não for assim, não poderemos superar os desafios que temos pela frente", explicou o funcionário, ao mesmo tempo que assegurou que "o desenvolvimento sustentável é a prioridade número um da ONU". Ele frisou que os membros da organização devem comparecer e se comprometer com a cúpula Rio+20, que será realizada em 2012.

Desse encontro, explicou Ban, deve sair "um plano de ação concreto e funcional" que responda a todos os assuntos importantes que preocupam à ONU, como "população, mudança climática, escassez de água, segurança alimentar, direitos humanos e saúde".

O diplomata não mencionou onde nasceu o habitante sete bilhões. Famílias na Rússia, Índia e Filipinas reivindicaram o título. "Hoje não é o dia de um só recém-nascido ou de uma geração, mas sim de toda a família humana".

Ban participou do encontro com a imprensa ao lado do diretor- executivo do Fundo de População das Nações Unidas, Babatunde Osotimehin, e do presidente da Assembleia Geral, Abdulaziz al-Nasser.

Extraído de Ópera Mundi

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