A colunista do jornal "O Globo" Miriam Leitão, aparentemente na ânsia de agradar seus patrões demotucanos, acabou de disparar um tiro no pé da empresa que a contrata, no melhor estilo "fogo amigo".
Na sua coluna de sábado (25), depois de torturar a lógica sobre os votos no julgamento do mensalão, com um bla bla bla repetido em série pelos demotucanos da Veja, e refutado pela prova dos autos, ela soltou a pérola:
(...) Não se pode imaginar que a SMPB e a DNA fossem corruptoras no Banco do Brasil e impolutas na Câmara dos Deputados, se em tudo os atos das empresas se assemelham. (...)
Ora, ora, então vamos deixar de "imaginar", como sugere Leitão, e vamos aos fatos: se o Contrato com a Câmara dos Deputados fosse ilícito, então a Globo tem que devolver aos cofres públicos os R$ 2,7 milhões que recebeu neste contrato, via agência de Marcos Valério.
Como provam os autos do processo, o contrato da DNA Propaganda com a Câmara dos Deputados teve os serviços executados, e do total de R$ 10,9 milhões, mais de R$ 7 milhões foram para pagar anúncios nas empresas de TV, rádios, jornais, revistas, etc.
A TV Globo foi quem mais bebeu na fonte desse dinheiro, recebendo da agência de Marcos Valério R$ 2,7 milhões só deste contrato. Outra boa parte da bolada foram para a TV a cabo do grupo (Globonews), o jornalão "O Globo", a Editora Globo (via revista Época) e TVs afiliadas da rede.
Assim, se a própria Globo chamou de "mensalão" o dinheiro desse e de outros contratos, logo a Globo é "mensaleira", por ter recebido dinheiro desse "mensalão", via Marcos Valério. E como o próprio salário de Miriam Leitão é pago a partir do bolo das receitas da Globo, caberia considerar se ela própria não acaba sendo, por tabela, "mensaleira".
Até uma criança entende o que Miriam finge não entender.
Uma pessoa pode ter nove carnês atrasados e, por isso, ser chamada de caloteira, mas se ela tiver outro carnê em dia, ela não pode ser cobrada por este décimo carnê que está em dia. Só pode ser cobrada pelos outros 9 atrasados, por mais "caloteira" que a pessoa seja.
Da mesma forma, se as agências de Marcos Valério foram corruptoras na execução de um contrato no Banco do Brasil (BB), não significa que tenha sido em todos os outros contratos que teve, até porque, independentemente da honestidade ou não das pessoas, tem departamentos da administração pública com estrutura de fiscalização mais rigorosa que não deixam brechas para desvios, enquanto há outros que podem ter brechas, involuntárias ou não.
Extraído do sítio Rede Brasil Atual
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