25 agosto 2012

'SOMOS IRMÃOS SIAMESES', DIZ PAULO PRETO - Altamiro Borges


Em seu sítio, o controvertido jornalista Cláudio Humberto divulgou nesta semana uma notinha que explica o desespero do PSDB com o depoimento do famoso Paulo Preto na CPI do Cachoeira, já agendado para 29 de agosto. Segundo revela, o ex-diretor da Dersa e um dos principais “arrecadadores” da campanha tucana em 2010, comentou: “Minha ética é a ética do Serra... Afinal de contas, nós somos como irmãos siameses”. A mensagem foi encarada por muitos com uma ameaça, uma coisa típica dos mafiosos em perigo.

Hoje, na Folha, ele voltou a avisar “aos tucanos que dirá à comissão que seus atos à frente da empresa eram de conhecimento do ex-governador e hoje candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB). Paulo Preto, como é conhecido, foi convocado pela CPI para esclarecer suspeitas de superfaturamento na obra de ampliação da marginal Tietê. A ampliação era responsabilidade de consórcio liderado pela construtora Delta - empresa da qual o empresário [sic] Carlinhos Cachoeira é sócio oculto, de acordo com a Polícia Federal”.

Dividir as responsabilidades com Serra

Ainda segundo o jornal tucano, “o engenheiro antecipou a interlocutores a disposição de afirmar que Serra era sua ‘bússola’ no Dersa e que, para comprovar, dispõe de documentos assinados por ele. Paulo Preto estaria também disposto a admitir que se valeu do trânsito entre empresários para ajudar a arrecadar, de forma legal, recursos para a campanha de Serra à Presidência, em 2010. Além de se defender das acusações de que é alvo, o engenheiro decidiu dividir a responsabilidade de suas ações com o tucano”.

O depoimento de Paulo Preto – um “líder ferido” que foi largado na estrada, segundo ele mesmo lamentou em 2010 – é visto como um grave risco pelos tucanos paulistas. O curioso é que a sua convocação teve o apoio do líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, “sob a orientação do senador Aécio Neves, desafeto de José Serra”, segundo intriga da mesma Folha. Paulo Preto falará à CPI um dia depois de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit, outra testemunha que pode complicar a vida do tucano em São Paulo.

Extraído do Blog do Miro

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