21 agosto 2012

UNASUL APOIA EQUADOR NA POLÊMICA EM TORNO DE ASSANGE


Países-membros do bloco manifestam solidariedade ao Equador e apelam às partes para prosseguir o diálogo em busca de um acordo. Também a Aliança Bolivariana para as Américas declara apoio ao país sul-americano.

A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) apoiou neste domingo (19/08) o Equador na crise que opõe o país ao Reino Unido, depois de o governo em Quito ter concedido asilo diplomático ao fundador do site Wikileaks, Julian Assange.

Reunidos em Guayaquil, os representantes dos países-membros do bloco manifestaram solidariedade ao governo equatoriano numa nota conjunta. No mesmo documento, apelaram "às partes para prosseguirem o diálogo no sentido de chegar a uma solução mutuamente aceitável".

Na declaração, lida pelo secretário-geral da organização, o venezuelano Ali Rodriguez, a Unasul manifesta "solidariedade e apoio ao governo do Equador face à ameaça de uma violação das instalações da sua missão diplomática" em Londres e reafirma o direito soberano dos Estados de concederem asilo.

A Unasul inclui 12 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Seis deles – Equador, Venezuela, Colômbia, Uruguai, Peru e Argentina – estiveram representados em Guayaquil pelos ministros do Exterior.

O Equador já havia recebido no sábado, numa reunião que decorreu também em Guayaquil, o apoio dos seus aliados no seio da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).

Assange refugiou-se na Embaixada do Equador em Londres em junho passado e obteve asilo diplomático na quinta-feira da semana passada. No mesmo dia, as autoridades britânicas indicaram que o asilo não mudava "nada" na determinação de Londres de extraditar Assange para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual e estupro.

Neste domingo, Assange fez sua primeira aparição pública desde a concessão do asilo. Numa sacada da Embaixada do Equador em Londres, agradeceu ao governo em Quito e pediu ao presidente dos EUA, Barack Obama, que dê um fim à "caça às bruxas" a ativistas da internet.

Extraído do sítio Deutsche Welle

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