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O que deu na seara tucana de voltar a insinuar, agora, que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), é de novo candidato a presidente, em 2014, depois de ter concorrido ao Palácio do Planalto em 2006 e ter sido derrotado pelo presidente Lula?
Só pode haver uma explicação já que vi toda a entrevista dele à Folha de S.Paulo (publicada 6ª feira) e o Geraldinho não afirmou nem uma vez que será candidato: uma bela e armada jogada, já que José Serra, agora, apressou-se em dizer que o apóia e assim ficará os quatro anos na prefeitura. Pelo menos é o que José quer, mais uma vez, passar ao eleitor.
Para ele, pode valer a tentativa. Mas um problema é que não adianta, o eleitor não acredita. Ainda ontem, quando andou em trem de subúrbio - e foi aconselhado a andar no horário de rush, pra ver quando o bicho pega - José foi interrogado por um eleitor: "quer se eleger para abandonar de novo a Prefeitura?".
Ninguém acredita em José e nada indica que ele vá ganhar
Outro problema é que nada indica que José vá ganhar este ano. Pelo contrário, ele continua em queda nas pesquisas, como demonstrou o IBOPE da última 6ª feira. Subir mesmo só sua taxa de rejeição que chegou a 37%.
Assim, salvo a jogada para José Serra sair rapidamente apoiando a candidatura presidencial de Alckmin em 2014 na tentativa de passar aos eleitores que caso se elegesse ficaria quatro anos na prefeitura, o resto é pura encenação.
Oposição e tucanos falavam no governador tucano de Goiás, Marconi Perillo como presidenciável em 2014, o que virou um acinte agora, depois de provada a ligação de todo o governo do PSDB goiano com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Beto Richa, Antônio Anastasia? Não, Aécio ou Serra
Já falar sobre o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) como presidencial tucano em 2014, como fez Alckmin na entrevista, nem vale a pena comentar. Idem para sua referência ao governador de Minas, Antônio Anastasia. Do jeito que a coisa está e pelo andar da carruagem, Anastásia nem o sucessor deve fazer...
Assim, o candidato da oposição em 2014 ao Planalto será o senador Aécio Neves (PSDB-MG) - que quem "plantou" a notícia na Folha não se esquece de dizer que "não empolga os tucanos" - ou José Serra pela 3ª vez (foi e perdeu em 2002 e em 2010). No caso deste, mesmo que tenha de sair por outro partido, dependendo da conjuntura de 2014.
Assim, por mais voltas que Alckmin tenha dado na entrevista à Folha e que os desdobramentos desta também tenham dado, o objetivo queiram ou não é o de ajudar José Serra. Que rapidamente já afirmou que apoia Alckmin e portanto fica na prefeitura. Em outras palavras, correu para obter os dividendos políticos que se propunha com a entrevista.
Extraído do Blog do José Dirceu
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