13 janeiro 2012

QUESTÃO NUCLEAR É DESCULPA POLÍTICA CONTRA O IRÃ, AFIRMA AHMADINEJAD

O presidente Mahmoud Ahmadinejad concluirá hoje sua estadia no Equador, onde afirmou que a questão nuclear é uma desculpa política contra o Irã porque se sabe que seu país não busca fabricar bombas atômicas.

"Irã não é tão imprudente de gastar dinheiro e não poder usá-lo. Nós não queremos fabricar bombas atômicas contra a humanidade", afirmou o mandatário persa depois de uma longa jornada de trabalho em sua segunda visita oficial ao Equador, última escala de um giro pela América Latina.

Ahmadinejad afirmou que seu país não precisa de bombas porque suas bombas são "sua cultura, sua lógica, seu carinho e amor ao próximo". Disse que o Irã conta com uma civilização que data sete mil anos e possui um território onde vivem seus habitantes, enquanto que aqueles que não têm uma história nem um lugar estão buscando bombas atômicas para dominar o mundo.

Explicou que seu povo é pressionado, insultado e caluniado, mas a comunidade internacional deve saber que as potências hegemônicas não aguentam o progresso e desenvolvimento dos povos, nem sua independência.

Expôs como o Governo de seu país foi derrubado com um golpe de Estado, depois do qual foi imposto um regime ditatorial por mais de 25 anos, apoiado pelos Estados Unidos, sem que a ninguém lhe importasse os direitos humanos dos iranianos, até que seu povo se libertou.

Desde então, recordou, o Irã realizou pelo menos 30 eleições livres e a hostilidade foi reforçada após a vitória, enquanto outros países nem sequer realizaram uma votação ao longo de sua história, mas são apoiados incondicionalmente.

Ahmadinejad chegou ao Equador procedente de Cuba, acompanhado de uma delegação de alto nível de seu país, como parte de um ciclo de visitas que o levou primeiro à Venezuela e depois à Nicarágua, para reforçar os vínculos com os países da região.

Em um programa paralelo, sua esposa visitou em Quito a Capilla del Hombre, recinto cultural construído para a humanidade pelo pintor equatoriano Oswaldo Guayasamín, cujas obras se exibem ali.

Extraído do sítio da Agência Prensa Latina

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