A visita do papa Bento XVI a Cuba, marcada para o mês de março, acabará sendo uma espécie de lembrete à punição feita pela Igreja Católica ao líder Fidel Castro. Na próxima terça-feira (3) completam-se 50 anos da excomunhão de Castro, adotada após o histórico discurso de 2 de dezembro de 1961 onde Fidel declarou-se marxista-leninista e anunciou que Cuba seria uma nação comunista. Outras medidas, como a expulsão de 131 sacerdotes, fechamento de escolas religiosas e a declaração de Cuba como um Estado ateu, também pesaram na decisão do papa João XXIII. Fazendo uso de um decreto de Pio XII, que estabelece a excomunhão para quem divulgasse o comunismo, o pontífice da época declarou o banimento de Fidel Castro – que foi batizado e era considerado membro da Igreja Católica à época.
Fidel Castro foi banido da Igreja Católica com base em decreto de Pio XII, que estabelece a excomunhão para quem divulgasse o comunismo. Foto: Ricardo Stuckert / PR |
Bento XVI visitará Cuba em março de 2012, durante viagem que também prevê uma passagem pelo México. Será a segunda visita do cardeal Ratzinger à América Latina – o pontífice já esteve no Brasil em 2007. A visita a Cuba tem como objetivo comemorar o quarto centenário da descoberta da imagem da Caridad del Cobre, padroeira da ilha. Será a primeira vez que um papa vai a Cuba desde 1998, quando João Paulo II visitou a ilha. Não há confirmação de um encontro entre Bento XVI e Fidel Castro, que nunca teve sua excomunhão retirada pela Igreja Católica.
Extraído do sítio do Sul21
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