20 janeiro 2012

CHANCELER IRANIANO CRITICA INTROMISSÃO DOS EUA NO GOLFO PÉRSICO

Ancara, 19 jan (Prensa Latina) - O ministro de Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salihi, criticou hoje os Estados Unidos, que, a milhares de quilômetros de distância, tentam dirigir os países da região do Golfo Pérsico.

Em entrevista exclusiva com o canal turco NTV, Sahili chamou as nações da região a evitar colocarem-se em uma posição perigosa ao permitir interferência em suas políticas.

Ali Akbar Salihi
Além disso, destacou que a região não precisa dos Estados Unidos para garantir a segurança do estreito de Ormuz.

O Irã efetua suas exportações através desta via. Damos uma extrema importância à segurança no Golfo Pérsico, portanto, ninguém mais deveria se preocupar com isso, comentou o ministro, que chegou ontem à Turquia em visita de trabalho.

Por outro lado, Salihi afirmou que seu país está pronto para retomar as negociações sobre seu programa nuclear, mas sem condições prévias, agregou.

Conhecemos a dupla moral de Washington. A estratégia do porrete e do pão não funciona no caso do Irã, sublinhou o diplomata, que também recordou uma recente carta enviada a Teerã pelo presidente estadunidense, Barack Obama, cujo texto ainda não foi divulgado.

Sobre as sanções da Casa Branca e da União Europeia, o chanceler disse que seu país está acostumado a tais ameaças. Usamo-las como oportunidade para nos manter com nosso próprio esforço, reforçou.

De seu lado, o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, afirmou que as partes envolvidas em retomar negociações sobre o programa nuclear iraniana estão prontas, o que poderia aliviar a atual crise, apontou.

Ainda devem ser acordados data e lugar para estas reuniões, disse Davutoglu em uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo iraniano.

Teerã avalia a cidade turca de Istambul como possível sede para nova rodada de diálogo entre Irã e os membros do Conselho de Segurança (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), mais a Alemanha, sobre o programa nuclear da República Islâmica.

Há um ano, negociadores iranianos reuniram-se com suas contrapartes em Istambul.

O programa iraniano para o desenvolvimento de energia atômica com fins pacíficos desatou uma série de sanções econômicas por parte dos Estados Unidos, do Conselho de Segurança da ONU e da União Europeia.

A nação islâmica é acusada de promover instalações para produzir armas atômicas, acusações negadas pelo governo iraniano em todos as situações.

Extraído do sítio da Agência Prensa Latina

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