A nova classe média, formada por boa parte dos 30 milhões de brasileiros que conquistaram ascensão social, trabalho e renda nos nove anos de governos Lula/Dilma Rousseff, não pode ser deixada à mercê dos meios de comunicação no país.
O alerta é do secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, feito nesta 6ª feira no Fórum Social Mundial (Temático), que termina amanhã em Porto Alegre. Com a advertência, Gilberto falava, mais uma vez, da importância da regulação da mídia que eu tanto defendo aqui neste blog.
Sua fala adquire ainda maior significado, porque foca exatamente essa questão do conceito de classe média, termo ideológico preferido e muito usado pela nossa mídia, quando esta nova classe é, na verdade, de trabalhadores que conquistaram mais emprego e renda nos últimos nove anos.
"Toda essa gente que emerge ficará à mercê da ideologia disseminada por meios de comunicação?", questiona o ministro. Ele situa bem o problema quando prega que o governo deve “radicalizar” a democracia e investir em comunicação de massa, sem que isso represente qualquer tentativa de autoritarismo ou censura à imprensa, como distorce a mídia quando é obrigada a tratar do assunto.
Trabalhadores com emprego e renda formam nova classe C
Na mesma linha de crítica à imprensa, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), acusou o comportamento global da mídia que tem, frisou ele, o objetivo de fazer "a despolitização e a despartidarização na democracia". Estão certíssimos o governador e o ministro em suas colocações.
A regulação da mídia se faz necessária. E muito. Nessa área não podemos continuar com essa situação de "terra de ninguém" em que a mídia brasileira não tem qualquer norma, regra ou lei a regulamentá-la e com os barões da imprensa fazendo o que querem, sem respeito aos direitos cidadãos de resposta, imagem e presunção da inocência.
Em outras palavras, pretendem continuar senhores absolutos do que querem fazer e fazem por se saberem impunes diante dos absurdos que cometem por não responderem nem haver qualquer legislação que os enquadre.
Recomendo, também, a releitura de artigo meu, “Porque debater a regulamentação da mídia”, publicado aqui. Nele, e em cima de colocações feitas em encontro do PT pelo ex-ministro da Comunicação do governo Lula, Franklin Martins, reitero a importância da regulação e do debate sobre o assunto.
Vejam, também, a nota abaixo Críticas a cartilha econômica que não resolve crise na Europa.
Extraído do Blog do Zé Dirceu
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