Foto: EPA |
Os cientistas russos pretendem instalar-se na Lua, em breve ali será criada uma estação habitada. Para isso até o ano de 2020 para a Lua serão enviados dois aparelhos de pouso – “Lua-Recurso” e “Lua-Globo”. Esta informação foi divulgada na véspera pelo chefe da agência cósmica russa “Roskosmos” Vladimir Popovkin. Os peritos estão certos de que dentro de uns vinte anos as pessoas poderão passar férias neste satélite natural da Terra.
No plano técnico a criação da estação lunar será possível na terceira década deste século. Inicialmente na Lua irão instalar-se cientistas encarregados de estudar as suas propriedades físicas, biológicas e geológicas. Aos poucos neste satélite natural da Terra vai desenvolver-se a infra-estrutura necessária para a vida, incluindo a infra-estrutura turística. O chefe de um dos laboratórios do Instituto de Pesquisas Cósmicas da Academia de Ciências da Rússia, Igor Mitrofanov, revela que inicialmente a humanidade não tinha grandes planos de exploração da Lua, mas desde que neste satélite natural descobriram provas da existência da água, os cientistas adotaram um outro enfoque em relação à abobada celeste.
Antes de criar uma base destas, devemos levar a cabo uma série de projetos cósmicos sérios, incrementando coerentemente o nível de desenvolvimento de tecnologia. O primeiro passo serão dois aparelhos de pouso “Lua-Recurso” e “Lua-Globo”. Vamos realizar experiências que permitirão avançar na exploração da Lua e dos recursos lunares. As condições nos pólos da Lua diferem radicalmente das condições na sua zona equatorial e na zona de latitudes moderadas, aonde iam anteriormente as expedições soviéticas e americanas. Nos pólos da Lua foram encontradas provas da existência da água. Este é um fato muito importante que nos abre novas possibilidades.
As pessoas humanas poderão viver debaixo da superfície da Lua. Ali não existe a radiação cósmica que representa perigo mortal para o homem e a força de gravidade corresponde mais ou menos ao nível a que os terrestres estão habituados. Os homens poderão aparecer na superfície exclusivamente de escafandros. Portanto, é pouco provável que alguém consiga “bronzear-se ao Sol” neste satélite. Além disso, isto é desnecessário. A base lunar é necessária para objetivos estratégicos, afirma o conselheiro do presidente da Corporação Cósmico-Balística “Energia” Aleksandr Aleksandrov.
A criação de uma base na Lua é tarefa estratégica dos terrestres. Começamos outrora a estudar a Antártica criando neste continente acampamentos básicos. Pois bem, vamos começar a estudar planetas indo para lá por um prazo curto. Mais tarde iremos construir ali uma espécie de infra-estrutura, o que será útil e necessário para os terrestres. A base na Lua será construída na certa.
A base lunar permitirá desenvolver e testar novos sistemas cósmicos para voos rumo ao Marte e outros planetas e os astrônomos poderão estudar melhor o Sol e as estrelas. A seguir a humanidade chegará à fase de exploração industrial deste satélite da Terra. Na Lua será organizada a extração de minérios úteis, serão construídas empresas industriais de diversos tipos e, o que é o mais importante, será construído um cosmódromo, a partir do qual será possível lançar aparelhos cósmicos para os recantos mais longínquos do Universo, assevera Igor Mitrofanov.
Futuramente talvez seja mais vantajosos e prático lançar aparelhos cósmicos, - para o Marte, por exemplo, - precisamente a partir do cosmódromo lunar. É evidente que a montagem destes aparelhos numa órbita circunterrestre ou a superação do campo de gravitação da Terra serão muito mais difíceis do que o lançamento destas expedições a partir da superfície da Lua.
Enquanto os cientistas desenvolvem programas de exploração do satélite natural da Terra, os empresários têm auferidos bons lucros com a venda da superfície lunar. Qualquer pessoa pode adquirir um “terreno lunar” tão somente por 7,5 mil dólares.
Extraído do sítio Voz da Rússia
Extraído do sítio Voz da Rússia
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