AGÊNCIA STANDARD & POOR'S REBAIXA A NOTA DA FRANÇA

A nota soberana da França será rebaixada de um nível pela agência americana Standard & Poor’s, revelou hoje uma alta fonte do governo europeu às principais agências de notícias. Também a Áustria – que como a França, possuía a nota máxima - terá a sua avaliação reduzida pela S&P e passará para AA+, ao invés da atual AAA.

Agência americana deve anunciar decisão ainda hoje.

REUTERS/Brendan McDermid

A terceira economia afetada por uma redução da perspectiva é a Eslovênia, que até hoje tinha A+. A agência informou hoje os respectivos governos destes países sobre a má notícia, mas o anúncio oficial do rebaixamento deve ocorrer nas próximas horas.

Por outro lado, a Alemanha, Luxemburgo e a Holanda devem manter suas notas em AAA. A Bélgica, também sob análise, deve preservar sua avaliação AA.

Desde 5 de dezembro, a agência vinha ameaçando 15 países da zona do euro de rebaixamento, incluindo as seis “triplo A” existentes, a Alemanha, a Áustria, a Finlândia, a França, Luxemburgo e a Holanda. A distinção, uma garantia de confiança no pagamento de dívidas, permitia a estes países realizar empréstimos com taxas de juros mais vantajosas.

A ministra do Orçamento da França recusou-se a “especular” sobre o anúncio da diminuição da nota francesa, mas garantiu que o país permanece um “valor seguro”. “A França pode pagar as suas dívidas e as notícias sobre o nosso déficit são melhores do que o previsto”, desconversou Valérie Pecresse.

Desde que a informação sobre os rebaixamentos foi divulgada, as bolsas europeias passaram a operar no vermelho. O pregão de Paris encerrou em baixa de 0,11%, o de Frankfurt registrou -0,58% e o de Londres, -0,46%. Já o euro caiu ao mais baixo nível desde agosto de 2010, cotado a 1,26 dólar por euro.

A agência Moody’s também analisa de perto a situação da economia francesa e dos outros Estados da zona do euro, ao longo do primeiro trimestre do ano. A terceira mais importante avaliadora das dívidas soberanas, a Fitch, afastou nesta semana a possibilidade de a França perder o seu triplo A em 2012. 

Extraído do sítio da RFI