A economia mundial deverá se preparar para um ano de 2012 “difícil”. A afirmação é da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde. Para a dirigente, a crise do euro ainda trará desdobramentos negativos, mas ela afirma que a moeda única européia não deve terminar neste ano. A chefe do FMI também diz que os países emergentes não devem ceder à tentação do protecionismo.
A diretora do FMI, Christine Lagarde, ao lado do Ministro das Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan. REUTERS/Phill Magakoe
A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, declarou em encontro com a imprensa na África do Sul que o Fundo vai rebaixar as previsões de crescimento para 2012. A última estimativa da instituição apontava um crescimento de 4% para a economia mundial. O atual prognóstico de recessão em alguns países da Europa vai frear o desempenho mundial.
Os emergentes devem continuar a crescer, mas, para esses países Lagarde também tem um recado. "Esses países que estão longe da zona do euro vão sentir as conseqüências se a crise da Europa não for superada”. O FMI também alerta que os países em desenvolvimento não devem ceder à tentação do protecionismo e devem continuar a respeitar as regras internacionais do jogo.
O aumento das barreiras protecionistas é uma das grandes preocupações de Lagarde. Ela enfatizou que tentar se fechar e romper os elos comerciais com a Europa não é a solução para evitar um contágio. “Desenvolver o comércio regional é um bom projeto, mas também é bom manter as relações e parcerias com parceiros sólidos”.
Euro
Apesar do pessimismo com o panorama econômico, o FMI não vê um final catastrófico para o euro. Lagarde diz não ver o “fim do euro” neste ano. Mas a moeda única continua a sofrer. Nesta sexta-feira, ela atingiu a cotação mais baixa dos últimos 16 meses ante o dólar e a libra esterlina.
Extraído do sítio da RFI
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