O blogueiro recebe da “Geração Editorial” release de livro que está para ser lançado e que, por razões que serão explicadas adiante, pode reeditar o sucesso de obra anterior publicada pela mesma editora, “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que, entre o fim de 2011 e início de 2012, tornou-se o maior best-seller político do século XXI no Brasil.
Trata-se de “A Outra História do Mensalão”, do jornalista Paulo Moreira Leite, ex-colunista da revista Época e atual colunista da revista IstoÉ. Como bônus, a obra ainda tem prefácio do jornalista Janio de Freitas, colunista da Folha de São Paulo e um dos maiores – e escassos, na grande mídia – críticos dos excessos do julgamento do mensalão.
Basicamente, o livro reúne colunas de Moreira Leite no blog que tinha hospedado no portal da Globo na internet, o qual teve que abandonar após ser boicotado pela revista Época por estar divergindo da linha editorial da publicação. O autor, porém, inseriu textos novos para encadear as postagens de seu antigo blog.
Os exemplares de “A Outra História do Mensalão” chegarão da gráfica para a editora no próximo dia 18 e, no dia seguinte, já deverão começar a ser despachados para livrarias de todo país.
Detalhe: a livraria Saraiva e a “Livraria da Folha” já abriram pré-venda do livro de Moreira Leite. Na Saraiva, em preço promocional, custa R$ 27.
O campeão de vendas anterior da Geração Editorial, o “Privataria Tucana”, cumpriu um ritual antes de chegar às livrarias que parece estar se reeditando. Vale relembrar a trajetória impressionante de um livro que se transformou em best-seller com base exclusiva em repercussão antecipada na internet.
Com exceção da revista Carta Capital e da TV Record, o resto da mídia, em um primeiro momento, ignorou solenemente o lançamento do “Privataria Tucana”, mas só até o dia 15 de dezembro.
Carta Capital, Record e blogs de esquerda acusaram a imprensa corporativa de boicotar a obra para não prejudicar José Serra, personagem central do livro. A despeito do boicote, “Privataria” teve uma repercussão que nenhum livro amplamente divulgado pelos grandes meios obteve.
Para que se possa mensurar o sucesso daquela obra, os 15 mil exemplares de sua 1ª edição se esgotaram no primeiro dia em que foram distribuídos às livrarias, em dezembro de 2011.
Nos dois meses seguintes, “Privataria” alcançaria a marca impressionante de 120 mil exemplares vendidos. Livro de denúncias políticas análogo, o “Pais dos Petralhas”, de Reinaldo Azevedo, colunista e blogueiro da revista Veja, vendeu apenas 30 mil exemplares em seu primeiro ano.
Naquele dezembro de lançamento do “Privataria”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, outra personagem central do livro, chegou a cancelar evento de autógrafos de seu novo livro de memórias e todos os seus eventos de fim de ano, adiantando suas férias. Foi praticamente impossível falar com José Serra até várias semanas após o lançamento da obra.
Vale outra medida de comparação sobre a supremacia da obra: o livro de não-ficção mais vendido no Brasil em 2011, “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, lançado em 2009 pelo jornalista Leandro Narloch, vendera 71 mil cópias em todo o ano. Tanto este quanto “Petralhas” tiveram enorme divulgação da grande mídia, enquanto que “Privataria” virou best-seller com divulgação apenas em blogs e redes sociais.
Após o boicote inicial à obra, porém, o interesse comercial falou mais alto e a grande mídia passou a incluir o fenômeno de vendas em suas listas de livros mais vendidos.
Passados 19 dias da chegada de “A Privataria Tucana” às livrarias, do alto de uma busca ensandecida de leitores por exemplares em todo país a obra foi inserida na lista de Veja. O Globo, no caderno Prosa & Verso, colocou o livro em primeiro lugar, à frente do livro de Steve Jobs, que ficou em segundo.
“A Privataria Tucana”, com 120 mil exemplares vendidos, chegou ao topo da lista geral de vendas da primeira semana de 2012. “Steve Jobs” e “As esganadas”, de Jô Soares, fecharam em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
“A Privataria Tucana” também foi um dos finalistas da 54ª edição do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o prêmio mais prestigiado da literatura brasileira, na categoria Reportagem.
Eis que, agora, experiência pessoal do blogueiro – que, na última terça-feira (5), divulgou a obra em primeira mão no Facebook, ao mesmo tempo em que mais alguns poucos outros blogueiros que também receberam o release da Geração Editorial – mostra que o fenômeno pode se repetir.
A postagem naquela rede social anunciando o lançamento da obra do jornalista Paulo Moreira Leite, em algumas horas foi “compartilhada” por 1.178 pessoas, o que quem conhece o Facebook sabe que é muita coisa, sobretudo em se tratando de lançamento de um livro.
Os comentários dos leitores de tal postagem no FB dão a medida do sucesso que o livro pode vir a ter. Vale a pena ler. Mostram que importante setor da sociedade está sequioso por ver contada versão dessa história que a grande imprensa brasileira sonegou amplamente no âmbito de sua tentativa de condenar o governo Lula e desmoralizar o PT.
Outro livro (agora, de poesias)
Ex-poeta marginal, ex militante altermundista (participou de praticamente todas as edições do Fórum Social Mundial), ex-sindicalista e atual colaborador dos espaços de Opinião dos blogs de esquerda, poeta lança livro digital – já à venda na Amazon
Salvo algum erro de cálculo ou de mira, Lula Miranda é o primeiro poeta alternativo a lançar um livro digital nas prateleiras virtuais da Amazon.
Avesso à tecnologia [o poeta não possui celular, e-book ou tablet] Miranda teve lançado no sábado, 18.01.2013, o seu primeiro livro digital , que está a venda na Amazon – ver link abaixo:
O livro ficou duas semanas seguidas na 3ª posição do ranking dos 100 mais vendidos e agora, na 3ª semana pós-lançamento, e sem nenhuma divulgação fora o “e-mail a e-mail”, “boca a boca” ou “Face to Face” (Facebook a Facebook), ainda se mantém em 13º entre os 100 mais vendidos da sub-categoria Poesia em Literatura e Ficção:
http://www.amazon.com.br/gp/bestsellers/digital-text/5559959011/ref=zg_bs_nav_kinc_3_5559953011
Lula Miranda foi um dos nomes de destaque da geração de poetas marginais que agitaram o ambiente literário da Bahia na década de 1980. Inspirados em Gregório de Matos, na beat generation e na poesia marginal da década de 1970 recitavam em faculdades, teatros e praças públicas – e “viajavam” mambembes pelas principais cidades do Brasil. Aportaram também em Buenos Aires, Santiago e Córdoba. Fazia parte do chamado “grupo dos universotários”[sic] dos Poetas da Praça – eram os que, discriminados por serem”filhinhos de papai”, “pequenos-burgueses”, levavam rasteira e empurrões na hora de entrar na roda de poesia na famosa Praça da Piedade nos tempos áureos desse movimento de poetas que mesclava “desbunde” com engajamento contra a ditadura.
Quando jovem, numa espécie de “terrorismo” ou “banditismo literário”, literalmente, sempre na companhia de mais dois ou três poetas, invadia os saraus literários das elites pensantes e acadêmicas da época e recitava poemas de cunho pornográfico/pornofônico e ou político
Foi colaborador do suplemento A Tarde Cultural, do caderno Arte & Cultura da Agência Carta Maior e do site da revista Caros Amigos por muitos anos. Hoje é colaborador dos principais veículos da blogosfera.
Representou a Bahia em mostra de poetas alternativos realizada em Buenos Aires na década de1980. Ao final, depois de alcançarem grande sucesso na capital portenha[uma manchete de jornal assinalou: "Ni todo es Jorge Amado"; um outro deu manchete: “Poetas, brasileños, hijos del rock”], os poetas, por absoluta falta do “vil metal”, acabaram tendo que recorrer à representação brasileira naquela capital – um dos poetas era neto de diplomata.
Resultado: conseguiram, cada, cerca de 200 dólares de ajuda de custo [possivelmente do eminente diplomata brasileiro Marcos Azambuja] e, graças a essa providencial ajuda, puderam pagar mais alguns dias de hotel em Buenos Aires e prosseguir fazendo recitais em teatros e Universidades.
Lula vive em São Paulo há mais de 22 anos onde se tornou colunista de política e colaborador em diversos blogs chamados “progressitas” ou “de esquerda” – tais como Carta Maior, Observatório da Imprensa, Conversa Afiada, Luis Nassif On Line, Viomundo e Brasil 247 (onde é colunista).
Por essa plataforma digital, o livro fica “numa nuvem” e pode ser lido a qualquer tempo em aparelhos celulares (do tipo Iphone), em e-books, tablets e mesmo em notebooks ou netbooks.
Nos tempos de pressa e urgência em que vivemos esse tipo de livro é bastante prático; ideal para ler em celulares nos engarrafamentos da cidade, na fila do ferry-boat, do banco ou esperando a namorada ou namorado na fila do cinema.
O preço do livro, aliás, é um atrativo à parte: é mais barato que uma meia-entrada de cinema. Preocupado em facilitar o acesso de seu livro à emergente Classe C, o autor colocou um preço bem acessível: 5 dólares – pouco mais de R$10,00.
Na esteira do sucesso desse lançamento, o editor pretende lançar, além de uma coleção com artigos sobre política, uma coleção de livros de poemas digitais com outros poetas. Na mira autores como Rubem Jardim, Chacal, Paulo “Cidade de Deus” Lins, Álvaro Marins e outros “velhos alternativos” – que serão oportunamente convidados a integrar essa nova Coleção.
Dados:
Livro: A Dor Essencial
Autor: Lula Miranda
Idade:48
Prefácio: Professora-doutora Ana Maria Felipini
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