06 fevereiro 2013

SUPERPOPULAÇÃO PLANETÁRIA - Mikhail Aristov

© Voz da Rússia 

O número de habitantes do nosso planeta ultrapassou o limiar de 7 bilhões de pessoas. Os especialistas em demografia dividiram-se em dois campos nas previsões do futuro. Uns afirmam que a humanidade é ameaçada por falta de recursos naturais devido à superpopulação, enquanto outros fixam um afrouxamento de ritmos de crescimento.

Superando o limiar de 7 bilhões, o número de habitantes do planeta continua subindo. Algumas mídias mundiais dão alerta por esta causa. Por exemplo, a principal conclusão que se pode tirar de uma série de artigos publicados no jornal americano Los Angeles Times é bastante lúgubre: as condições de vida da parte esmagadora das pessoas irão piorar por causa da superpopulação. É de fato assim, concorda o colaborador científico do Instituto de Demografia, Nikita Mkrtchian, adiantando que o aumento da população ameaça a existência do próprio planeta:

"A Terra cuida-se de sua própria conservação, mas o homem lança um desafio ao planeta. Este desafio já é evidente. Trata-se tanto de aquecimento global, como de simples destruição do meio ambiente. A humanidade deve deixar de crescer ou encontrar decisões ecológicas justas para se abastecer no futuro".

Segundo cálculos científicos, a humanidade precisou de 13 anos para aumentar a população de 6 para 7 bilhões de pessoas. Ao mesmo tempo, o prazo para atingir o limiar de 6 bilhões de habitantes foi num ano mais curto. Levando em consideração as afirmações dos adeptos da teoria de afrouxamento de ritmos de crescimento da povoação, podemos tirar uma conclusão de que os processos catastróficos no futuro não serão ligados à superpopulação do planeta. Pelo contrário, o problema principal será uma degradação demográfica, afirma o redator do portal informativo e analítico Demografia.ru, Igor Beloborodov:

"Os nossos problemas são relacionados com uma taxa muito baixa de natalidade e a destruição dos valores tradicionais de família, que alimentavam toda a história humana e garantiam a renovação de gerações. Isso não acontece devidamente hoje, porque o crescimento mundial é de fato garantido apenas por 39 países do continente africano. Quanto à Europa, no caso dos países do mundo anglo-saxônico, por exemplo, assiste-se a uma dinâmica demográfica muito preocupante. Nos últimos 40 anos, a taxa de natalidade naquela zona diminuiu em mais de duas vezes. Destaque-se que a população da China também começará a diminuir já para 2028-2030".

No decorrer de milênios, a taxa de natalidade devia ser muito alta, para que a humanidade pudesse sobreviver a epidemias, guerras e fome. Num certo momento, graças ao desenvolvimento de novas tecnologias, a taxa de mortalidade na Europa e na América do Norte registou uma queda. A população crescia rapidamente, mas posteriormente a taxa de natalidade diminuiu bruscamente. A situação pode repetir-se em todo o mundo, mesmo nos países com uma alta taxa de natalidade, tais como o Brasil, Índia ou México, em que o respetivo índice caiu em 2-3 vezes nas últimas décadas. Especialistas qualificam este fenômeno como "transição demográfica". Se em resultado a taxa mundial de natalidade se estabilizar ao nível médio europeu (1,5 crianças para uma mulher), é pouco provável que dentro de 300 anos a população do planeta ultrapasse um bilhão de pessoas.

Extraído do sítio Voz da Rússia

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