Entidade abre concorrência para definir sistema ideal, que será usado também na Copa das Confederações deste ano. Objetivo é auxiliar árbitros em lances duvidosos.
Após a realização de extensivos testes, a Fifa confirmou nesta terça-feira (19/02) que a chamada tecnologia da linha do gol (TLG) será utilizada na Copa do Mundo de 2014 e na Copa das Confederações deste ano, no Brasil.
"O objetivo é utilizá-la para ajudar os árbitros, instalando um sistema em cada um dos estádios. Após a correta instalação da mesma, serão realizados testes com a arbitragem antes dos jogos", explica a Fifa em seu website.
O anúncio desta terça-feira já era esperado. Desde a Copa de 2010, quando foi anulado um gol claro do inglês Frank Lampard contra a Alemanha, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, passou a defender o uso de certas tecnologias para auxiliar o árbitro. Em julho passado, a IFAB, órgão da Fifa responsável por definir possíveis mudanças nas regras, aprovou o uso do sistema na linha do gol.
Duas tecnologias foram testadas no Mundial de Clubes do Japão, em dezembro passado. Uma, chamada Hawk-Eye, usa um sistema de câmeras. Outra, GoalRef, utiliza sensores magnéticos nas traves e um chip instalado dentro da bola para realizar a confirmação de um gol. Quando a bola cruza a linha de fundo, um sinal é enviado a um relógio usado pelo árbitro. As duas já foram aprovadas pela Fifa.
Uso de chip na bola é um dos sistemas disponíveis
Como há outras tecnologias disponíveis no mercado, a Fifa abrirá uma concorrência para definir qual empresa fornecerá os sistemas para as duas competições no Brasil. Espera-se que outros dois sistemas, ambos alemães, também entrem na disputa. Um vencedor deverá ser anunciado até abril.
Em princípio, a decisão não torna o uso do sistema obrigatório em competições nacionais. No ano passado, em evento no Rio de Janeiro, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, sugeriu que a tecnologia seria deixada como legado para o Brasil nos 12 estádios da Copa em que for instalada. Os sistemas testados no Japão custam entre 150 mil e 190 mil dólares cada.
Sistemas aprovados
O Hawk-Eye (olho de falcão) é um tecnologia oriunda do tênis e vem da Inglaterra. Até seis câmeras são utilizadas para gravar imagens do jogo. Estas são enviadas para um computador, que avalia a posição da bola e, em caso de gol, envia um sinal para o relógio de pulso do juiz. Um ponto fraco: se um jogador cobrir a bola com o corpo, não é possível gravar a imagem.
O GoalRef tem a decisiva participação do Instituto Frauenhofer de Erlangen, na Alemanha. Nesse sistema é criado um campo magnético na área do gol e outro dentro e ao redor da bola, sempre que ela se aproxima do gol. A criação do campo magnético dentro e ao redor da bola é possível graças a um chip, embutido dentro da bola. A interação entre os dois campos magnéticos é captada por sensores instalados nas traves. Por meio das alterações no campo magnético na área do gol é possível determinar a posição exata da bola. Também nessa tecnologia, um computador envia um sinal para o relógio de pulso do juiz.
Extraído do sítio Deutsche Welle
Extraído do sítio Deutsche Welle
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