O Sr. Ali Moshiri, vice-presidente para América Latina e África da Chevron, está de volta às páginas.
Hoje, numa entrevista ao Wall Street Journal, ele reclama da severidade (?) com que a Chevron está sendo tratada. Diz que a Polícia Federal atrapalhou o combate ao vazamento chamando executivos da empresa para depor. E que nunca viu “um vazamento tão pequeno gerar tamanha reação”.
Não gerou, senhor Moshiri, a não ser muitos dias depois de começar, quando finalmente a blogosfera fez a imprensa tradicional começar a revelar que o vazamento não era de umas gotinhas.
A sua empresa é quem tratou o Brasil com desrespeito. Descumpriu o projeto de perfuração apresentado às autoridades brasileiras. Mentiu desavergonhadamente, três dias depois do acidente, dizendo que a saída de petróleo pelo fundo do mar era “um fenômeno natural”
Sua empresa foi condenada judicialmente por um destes “pequenos” vazamentos, no Equador, por prejuízos humanos e ambientais, no valor de US$ 8 bilhões e luta para proibir a exibição do filme onde isso é narrado, que a gente reproduz aí em cima.
Os senhores já não podem mais controlar tudo, governos e imprensa. Acabam de ser flagrados com depósitos de gás sulfídrico, um produto letal, em outra plataforma, com grave risco aos trabalhadores.
Os senhores não estão sendo honestos desde o princípio. Não estão cumprindo as regras a que se comprometeram.
O seu poço não vazou por “razões ideológicas”, vazou por razões técnicas, econômicas e pela arrogância que o senhor dá como exemplo ao tratar o Governo e as leis brasileiras, chamando de “exagero” o que é uma reação dentro da lei e das regras administrativas e comerciais que sua empresa aceitou e prometeu cumprir.
O senhor, além de irresponsável, arrogante e desrespeitoso é, com o devido respeito, um burro rematado. Não percebeu que seus chefes – o senhor é uma pecinha de terceira no comando da empresa – no board da Chevron entregam a sua cabeça com muito mais facilidade do que entregariam um cento de barris de óleo.
Aliás, encerrar as atividades de exploração da Chevron no Brasil pode vir a ser sua última tarefa no cargo.
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Agência Brasil: ANP fecha poço de exploração de petróleo da Chevron - Carolina Gonçalves (01/11/2011)
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interrompeu as atividades da empresa Chevron em um dos dez poços explorados pela petrolífera americana no Campo de Frade, na Bacia de Campos. A informação foi anunciada hoje (1), no Rio de Janeiro.
Segundo a diretora da ANP Magda Chambriard há uma semana, durante uma auditoria, técnicos da agência constataram a presença de gás sulfídrico em uma plataforma de produção. O gás poderia ser fatal para os trabalhadores, caso houvesse vazamento, porque é extremamente tóxico e inflamável.
No entanto, a diretora disse que não houve vazamento, mas que a extensão da ocorrência ainda será avaliada pela ANP. “A presença de gás sulfídrico muda tudo, inclusive na análise de risco e na metalurgia dos poços. [A Chevron] tem que mostrar que esse gás não traz prejuízos nem para o trabalhador, nem para as instalações”.
Na área existem 11 poços da Chevron. Em outubro, antes do vazamento de 2,4 mil barris de petróleo na Bacia de Campos, dez desses poços estavam produzindo. Segundo a diretora da ANP, a produção da Chevron chegava a 70,5 mil barris por dia. Com a interdição da plataforma, nove poços da empresa continuam em operação.
Este foi o terceiro procedimento administrativo da ANP contra a Chevron, desde o acidente ocorrido no começo de novembro.
As informações foram divulgadas durante a cerimônia de despedida do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, que fez uma retrospectiva dos avanços da agência reguladora.
Lima disse que a agência deve manter a mesma linha de trabalho. “A ideia de que é preciso uma mudança na ANP não existe. O que existe da parte da presidenta [Dilma Rousseff] é a necessidade de continuar e desenvolver o trabalho que já está sendo feito”.
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Agência Brasil: Agência Internacional de Energia defende revisão constante de procedimentos de segurança na exploração de petróleo - Sabrina Craide (01/12/2011)
Brasília - A diretora executiva da Agência Internacional de Energia (AIE), Maria van der Hoeven, disse hoje (1º) que é preciso rever os procedimentos de segurança na atividade de exploração de petróleo em todo o mundo. Ao chegar para reunião com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ela não quis comentar especificamente sobre o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, mas disse que todo o mundo está procurando formas de resolver e evitar o problema.
“É sempre preciso rever os procedimentos, porque sempre aprendemos com isso. Mesmo que se pense que está seguro, é bom checar. É sempre bom checar e ver o que se pode melhorar, sempre”, declarou.
No Brasil, o governo está elaborando um plano de contingência para enfrentar grandes vazamentos de petróleo, como o que ocorreu no Rio de Janeiro. Uma comissão interministerial foi formada esta semana para revisar os estudos que vêm sendo feitos há cerca de dez anos.
Amanhã (2), a diretora da AIE vai participar do lançamento da edição 2011 do anuário World Energy Outlook, organizado pela agência. A publicação reúne os principais e os mais recentes dados do setor energético e a evolução da política dos mercados globais de energia ao longo do próximo quarto de século.
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Acompanhe:
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 1
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 2
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 3
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 4
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 5
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 6
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 7
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 8
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 9
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 10
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 11
- Chevron: vazamento de óleo na Bacia de Campos - Nº 12
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