Depois das crises internacionais e das agendas atrapalhadas do FMI para salvar alguma coisa, o BRICS pode ser a solução mundial.
Jim O'Neill |
Dez anos atrás, Jim O’Neill, economista-chefe do banco Goldman Sachs, criou a expressão BRIC para a formação do potencial bloco econômico entre Brasil, Rússia, Índia e China, e depois de duas crises internacionais e novos direcionamentos para a década que avança, o BRICS (agora incluindo a África do Sul) demonstra uma mistura de crescimentos e incertezas.
Crescimento pela conquista institucional que os países conseguem neste momento de crise europeia, e principalmente pelo novo posicionamento de força e produção que os mesmos trazem ao mercado mundial. O ano chinês do dragão é oportuno, pois o mesmo representa força e decisão, e o BRICS tem uma força que realmente faz a diferença no processo de renovação das economias do mundo. O BRICS precisa mostrar sua força neste ano, pois, depois de crises internacionais e agendas atrapalhadas do FMI para salvar alguma coisa, o BRICS realmente pode ser a solução mundial. As forças e condicionantes dos países do BRICS para o ano de 2012 têm maior relevância, pois as características de crescimento e também a necessidade de desenvolvimento econômico pós-crise europeia trazem uma série de fatores para que o BRICS seja o novo fiel econômico do mundo. 2012 é um ano repleto de decisões e principalmente em desenvolvimento da retomada da economia internacional, e organização das agendas estratégicas como energia, sustentabilidade, meio ambiente, aberturas políticas, e o ano começa com incertezas sobre as direções econômicas e de segurança no mundo, principalmente na região para Rússia e China em relação à Coreia do Norte e sua nova direção.
Mas o ano deve ser também recheado de organizações e decisões políticas e econômicas entre os países do bloco. A amplitude de tratados estratégicos de cooperação e o fomento de desenvolvimento tecnológico e comercial entre eles serão o foco de trabalho dos governos, principalmente nas relações da Ásia com a América Latina, e neste ponto o Brasil como líder regional favorecerá os passos dos países alinhados no processo.
2012 é o Ano do Dragão conforme a cultura chinesa, mas também o ano em que o BRICS deverá mostrar sua força, segurança e capacidade de diplomacia para que a balança de poder definitivamente tenha equilíbrio entre as potências, e que este equilíbrio traga segurança em todos os sentidos.
Extraído do sítio Diário da Rússia
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