O vespertino Le Monde que chegou às bancas na tarde desta quinta-feira, 29 de dezembro, analisa as medidas tomadas pelos países do Mercosul nos últimos meses para tentar incentivar a produção local. O jornal explica como alguns membros do grupo impuseram novas tarifas alfandegárias para frear as importações.
Chefes de Estado na 39ª Cúpula do Mercosul, em San Juan, Argentina. Reuters
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O vespertino Le Monde que chegou às bancas na tarde desta quinta-feira, 29 de dezembro, analisa as medidas tomadas pelos países do Mercosul nos últimos meses para tentar incentivar a produção local. O jornal explica como alguns membros do grupo impuseram novas tarifas alfandegárias para frear as importações.
O correspondente do Le Monde no Brasil explica que diante da crise financeira e a invasão de produtos mais baratos vindos de fora da zona, há vários meses os países da América do Sul multiplicam as tentativas para diminuir as importações. Além das medidas em vigor, os membros do Mercosul ainda pretendem aumentar os impostos de 140 produtos provenientes de outras regiões do mundo, relata o jornal.
O artigo explica que o movimento começou em janeiro de 2011 com a Argentina, quando a presidente Cristina Kirchner anunciou que 600 empresas estrangeiras seriam sujeitas à licenças de importação, um procedimento visando limitar a entrada no país dos produtos vindos de fora. A medida que teve repercussões quase imediatas, como a decisão da empresa canadense RIM, que fabrica os telefones Blackberry e que, diante das restrições, abriu uma fabrica no sul da Argentina, lembra Le Monde. O vespertino também ressalta que Brasília e Buenos Aires decidiram reforçar o controle das fronteiras e que o governo brasileiro criou novas restrições para a importação de produtos têxteis.
No entanto, ainda de acordo com o jornal francês, a medida protecionista mais espetacular, foi o aumento de 30% nos impostos sobre os carros importados vindos de fora do Mercosul anunciado pelo Brasil. Uma decisão visando diminuir as vendas dos veículos importados, que já registrava uma alta de 35% no primeiro semestre.
Diante das críticas da Organização Mundial do Comércio, que teme uma contaminação protecionista nos mercados emergentes, alguns países já se defendem. Le Monde ouviu a secretária brasileira de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, que explica que todas as decisões protecionistas do Mercosul “foram uma reação provisória diante da degradação do mercado para evitar a contaminação da crise. Nós agimos no âmbito autorizado pela OMC”, reage a representante do governo brasileiro.
Extraído do sítio da RFI
Extraído do sítio da RFI
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