20 dezembro 2011

A PRIVATARIA CHEGA AO SEU PRIMEIRO MILHÃO - Jorge Furtado

Quem já entendeu o mundo pós-Google sabe que o fluxo de informações segue palavras-chave, tags (etiquetas) associadas a uma notícia. Muitas vezes o tag é o nome próprio dos envolvidos no assunto, às vezes é o nome do lugar onde o fato se deu, às vezes é algum detalhe marcante da notícia.

Quando o deputado Roberto Jefferson, réu confesso num esquema de lavagem de dinheiro para o caixa dois de campanhas eleitorais, batizou de “mensalão” o método inventado por Marcos Valério e turma para financiar a reeleição do governador mineiro Eduardo Azeredo (à época presidente nacional do PSDB), método este a seguir alegremente adotado por José Dirceu e turma para financiar campanhas petistas, estava criando a palavra-chave adotada pela mídia para toda e qualquer matéria que pretendia fustigar o governo Lula.

“Mensalão” virou sinônimo de maracutaia política, depois do tucano e do petista veio o mensalão do DEM em Brasília e ainda o “mensalinho”, no Congresso Nacional. Ainda hoje, uma pesquisa no Google para a palavra “mensalão” encontra 3 milhões e 180 mil ocorrências.

Pois a palavra “privataria” acaba de atingir seu primeiro milhão no Google. Para ser mais exato, 1.070.000. (09:54, 20.12.11). Ela serve de busca para as matérias sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr. “A privataria tucana”, que apresenta documentos e provas irrefutáveis – e por isso não refutadas – do enriquecimento ilícito de altas figuras do PSDB e seus familiares no processo de privatização de empresas brasileiras, durante o governo tucano. Para resumir, eles vendiam para eles mesmos e, somas e restos, embolsavam o lucro.

Contagem da busca "privataria" no Google:

14.12.11, às 12:21: aproximadamente 495.000 citações.

14.12.11, às 22:58: aproximadamente 547.000 citações.

16.12.12, 10:09: aproximadamente 636.000 citações

20.12.11, 09:54: aproximadamente 1.070.000 citações.

Procurei o livro "A privataria tucana" ontem, na Livraria Cultura de Porto Alegre. Esgotado. A Cultura encomentou 100 exemplares, mas havia 130 reservas, nenhum livro à venda.

Extraído do blog do Jorge Furtado

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