São Paulo – Cinco municípios concentravam quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o instituto detectou que, das 25 cidades com pelo menos 0,5% de participação, 11 tiveram variação de 2008 para 2009. São Paulo aumentou sua contribuição, passando de 11,8% para 12,0%, mantendo a liderança. Em seguida, Rio de Janeiro e Brasília também tiveram crescimento, de 5,2% para 5,4% e de 3,9% para 4,1%, respectivamente. Aproximadamente metade do PIB se concentou em 51 municípios, responsáveis por 30,8% da população, enquanto 1.302 cidades, com 3,3% da população, representavam 1% do PIB.
A cidade baiana de São Francisco do Conde tem o maior PIB per capita do país. Reprodução |
Um município baiano, São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, alcançou o maior PIB per capita(R$ 360.815,83) – a média nacional foi de R$ 16.918. Segundo o IBGE, a explicação está no fato de a cidade abrigar a segunda maior refinaria em capacidade instalada de processamento de petróleo do país e uma população de apenas 31.699 habitantes.
Mas menos de 15% dos municípios têm PIB per capita acima da média nacional. Ao mesmo tempo, metade das cidades fica abaixo de R$ 8.395, 49,6% da média. E três quartos têm PIB per capita menor do que R$ 13.317. Na cidade de São Paulo, o valor é de R$ 26.202, o que deixa o município longe dos 100 maiores.
Segundo o IBGE, a queda de preço do barril de petróleo fez Campos dos Goytacazes (RJ), a 275 quilômetros a nordeste da capital fluminense, reduzir sua participação no PIB de 1%, em 2008, para 0,6%. No caso de Vitória, que caiu de 0,8% para 0,6%, o motivo foi a diminuição do preço do minério de ferro.
Também tiveram variação negativa (-0,1 ponto percentual) as cidades paulistas de Barueri, Guarulhos, São Bernardo do Campo – na região metropolitana da capital – e Santos, no litoral sul. A mesma redução foi verificada em Betim (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o instituto, o resultado foi causado por "retrações na indústria, redução na atividade comercial e, no caso de Barueri, em função do ganho de participação do município de São Paulo".
Os cinco municípios que concentravam quase 25% do PIB em 2009 eram São Paulo (12%), Rio de Janeiro (5,4%), Brasília (4,1%), Curitiba (1,4%) e Belo Horizonte (1,4%), que somavam 12,6% da população nacional. Excluídas as capitais, 12 municípios eram responsáveis, individualmente, por mais que 0,5% do PIB. Todos são do Sudeste: Guarulhos (SP), 1,0%; Campinas (SP), 1,0%; Osasco (SP), 1,0%; São Bernardo do Campo (SP), 0,9%; Barueri (SP), 0,8%; Duque de Caxias (RJ), 0,8%; Betim (MG), 0,8%; Santos (SP) e São José dos Campos (SP), ambos com 0,7%, Campos dos Goytacazes (RJ), 0,6% e Jundiaí (SP) e Canoas (RS), ambos com 0,5%. Somadas, essas cidades contribuíram com 9,3% da renda total.
Para medir a concentração de renda na produção, o IBGE dividiu a média do PIB dos 10% dos municípios que mais contribuíram e a média dos 60%, 50%, 30% e 10% dos municípios com menor contribuição para o PIB. Por esse indicador, a média dos 10% das cidades com maior PIB é 95,4 vezes maior do que a dos 60% dos municípios com menor PIB.
O PIB per capita também mostra grandes variações conforme a região: a maior média foi a do Centro-Oeste (R$ 22.364,63), próxima à do Sudeste (R$ 22.147,22). Em seguida, ficaram as regiões Sul (R$ 19.324,64), Norte (R$ 10.625,79) e Nordeste (R$ 8.167,75).
Extraído do sítio da Rede Brasil Atual
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