De acordo com números hoje divulgados pelo Programa Europeu Alimentar, 43 milhões de europeus encontram-se numa situação de risco alimentar e sem dinheiro para pagar uma refeição. 79 milhões vivem abaixo do limiar de pobreza.
Foto: Paulette Matos - Esquerda.net |
Segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnutrição. Os programas comunitários de apoio alimentar aos mais carenciados, e que permitem fornecer alimentos que sobram dos excedentes agrícolas, têm vindo a ver o seu alcance diminuído com as sucessivas reformas da Política Agrícola Comum e o aumento do preço dos produtos agrícolas. Só este ano, 18 milhões de cidadãos de 20 países europeus beneficiaram destes programas.
Em declarações à rádio TSF, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos contra a Fome alertou para as consequências sociais da redução abrupta, de cerca de 20%, nas verbas do Programa Europeu de Apoio Alimentar a Carenciados.
“Se este programa desaparecer ou tiver uma redução drástica estes produtos deixam de existir e estas pessoas deixam de ser ajudadas de um ponto de vista alimentar”. “Há um conjunto de pessoas que têm graves necessidades e este programa é essencial na sua manutenção. Estamos a falar de produtos que são transformados através de matéria-prima: arroz, massa, esparguete, manteiga, leite, bolachas, cereais”, concluiu Isabel Jonet.
Recorde-se que, de acordo com os últimos números do Instituto Nacional de Estatística, sem as transferências sociais do Estado, e considerando apenas os rendimentos de trabalho e capital de cada um dos cidadãos, a taxa de portugueses em risco de pobreza nunca estaria nos 17,9 por cento registados, mas nos 41,5%.
Fonte: Sítio do Esquerda.net
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