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| Ricardo Teixeira só deixou a CBF depois de saber que dados do caso ISL seriam mantidos em segredo |
O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, renunciou ao cargo no mesmo dia em que foi blindado pelo Tribunal Superior da Suíça, que investiga a denúncia de recebimento de propina por dirigentes da Fifa, entre eles o ex-chefão do futebol brasileiro, no caso ISL, segundo informou o jornal O Estado de S.Paulo. O mandatário só deixou o comando da entidade ao ser informado de que seu nome e dos demais envolvidos no esquema não seriam divulgados pela Corte.
Teixeira e outros dirigentes foram acusados de receber suborno da ISL, empresa de marketing esportivo, para facilitar a assinatura de contratos com a Fifa. A versão do ex-presidente da CBF, que também renunciou ao seu cargo na entidade máxima do futebol mundial, é de que teria aceitado a propina, mas que não passava de um ‘laranja’, já que a operação seria uma forma de pagar um salário extra a João Havelange, ex-presidente da Fifa e ex-sogro de Teixeira.
A blindagem ao ex-presidente da CBF aconteceu no dia 12, quando o tribunal, sediado em Lausanne, determinou que o processo correria sob sigilo.
A decisão do tribunal suíço aconteceu após a rede de televisão britânica BBC e jornais da Suíça pedirem a divulgação do nome dos envolvidos.
A Fifa também decidiu apoiar publicamente a divulgação dos nomes. O presidente da entidade, Joseph Blatter, declarou que revelaria os dados do caso ISL, mas foi impedido por uma ação judicial.
Com uma série de denúncias, que vão do recebimento de propina ao desvio de dinheiro, Teixeira se viu acuado e renunciou ao comando da CBF, do COL e ao cargo de dirigente da Fifa no dia 12 de março.
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