07 março 2012

CHINA REITERA REJEIÇÃO À INTERFERÊNCIA ESTRANGEIRA NA SÍRIA

Damasco, 7 mar (Prensa Latina) A China opõe-se a todo tipo de interferência estrangeira nos assuntos internos da Síria, ao mesmo tempo em que considera o diálogo a única via para a solução da crise, declarou aqui Li Huaxin, enviado ministerial de Beijing.


"É essencial que a comunidade internacional respeite a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Síria", afirmou Li em reunião nesta capital com o vice-chanceler Ahmad Arnous.

Arnous explicou ao enviado especial da chancelaria chinesa o programa de reformas integrais que é realizado em resposta às legítimas demandas do povo sírio, o qual o apoiou, e a mais recente manifestação deste processo foi a realização do referendo para a nova Constituição.

A Síria enfrenta atualmente -denunciou Arnous- uma feroz campanha midiática de distorção e tergiversação da realidade desenvolvida por alguns meios e conhecidos canais via satélite, em referência à Al-Jazeera e Al-Arabiya.

Em breves declarações à imprensa, o enviado chinês manifestou que sua visita se inscreve nos esforços diplomáticos de Beijing, dirigidos a encontrar uma solução política à crise.

Enquanto isso, na capital chinesa o enviado especial para o Oriente Médio, Wu Sike, enfatizou que seu governo recusa qualquer solução do problema a custa da soberania, independência ou integridade territorial da Síria, e chamou a comunidade internacional a dar a ajuda necessária, mas sem interferir com o uso da força militar.

Em declarações difundidas pela agência de notícias Xinhua, Wu expressou que Beijing respalda que um organismo neutro, com o qual estejam de acordo todas as partes, realize esforços apropriados e práticos para realizar uma estimativa objetiva e inclusiva da situação real na Síria e desenvolva um mecanismo para transportar e distribuir fornecimentos humanitários.

Sugeriu que agências humanitárias da ONU podem coordenar essa iniciativa. Esta madrugada estava prevista a chegada a Damasco da subsecretária geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, para discutir este tema com as autoridades sírias.

Por sua vez, depois de manifestar que o poder de um Estado descansa no apoio popular, o presidente Bashar Al-Assad disse que o povo "provou uma vez mais sua habilidade de defender a pátria e construir uma renovada Síria através de sua determinação de aplicar reformas ao mesmo tempo em que combate o terrorismo respaldado a partir do exterior".

O presidente fez tal declaração ao presidente do Comitê de Amizade com a Síria do Parlamento ucraniano, Alla Alexandrovsaya, a quem recebeu ontem.

De Moscou chegou a notícia em Damasco que a chancelaria reafirmou que a postura russa com relação à Síria não é temporária, pois está baseada no princípio da rejeição ao uso da força militar e a interferência nos assuntos internos sírios.

O Ministério do Exterior russo esclareceu que estão equivocadas as declarações de alguns funcionários governamentais dos Estados Unidos e da União Europeia, que disseram que a postura de Moscou para com a Síria estava ditada por interesses da campanha eleitoral, como se agora a Rússia fosse reconsiderar seu apoio a Damasco após as eleições presidenciais, ven cidas por Vladimir Putin.

"Aqueles que pensam assim estão errados", acentua um comunicado da chancelaria russa.


Extraído do sítio da Agência Prensa Latina

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