30 março 2012

HORA DO PLANETA: APAGÃO MUNDIAL ALERTA SOBRE RISCO DO AQUECIMENTO GLOBAL - Rachel Duarte

Todos estão convidados a apagar as luzes de prédios e residências por uma hora neste sábado (31) para alertar o mundo sobre o perigo do aquecimento global. Há cinco anos ocorre a Hora do Planeta, um ato organizado pela entidade não governamental internacional World Wildlife Fund (WWF) e que este ano será registrado pela Estação Espacial Internacional. O astronauta André Kuipers irá capturar imagens da Terra no momento em que 147 países e mais de 5 mil cidades estarão sem luz.

Palácio do Planalto, em Brasília,
aderiu a Hora do Planeta em
 2011. Foto:Divulgação
No Brasil, 24 capitais e outras 125 cidades brasileiras vão apagar as luzes de monumentos, prédios públicos e casas das 20h30min às 21h30min. O Cristo Redentor (Rio), a ponte Hercílio Luz (Florianópolis), ponte Estaiada (SãoPaulo),elevador Lacerda (Salvador), a Torre da Usina do Gasômetro (Porto Alegre) e outros 545 monumentos no país vão ficar com as luzes apagadas. De acordo com a organização do movimento, 259 grupos empresariais brasileiros já acertaram ações e iniciativas relativas à Hora do Planeta. Entre elas, estão a McDonald’s, Grupo Mafre, Submarino (o site de compras), Coca-Cola, Rede Meliá, Rede de Hoteis Sheraton, a empresa de telefonia Vivo, a farmacêutica Boehringer – além, obviamente, das duas empresas patrocinadoras do evento, a TIM e o Pão de Açúcar.

“É um ato válido. Eficiência energética depende de todos nós”, avalia biólogo

Mesmo que não traga impactos ambientais concretos, a Hora do Planeta é um gesto pedagógico importante para uma mudança de cultura em relação ao meio ambiente, acredita o professor do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Paulo Brack. Segundo ele, assim como o Horário Brasileiro de Verão, os reflexos na redução do consumo de energia nesta uma hora sem luz são baixos, mas, podem contribuir para uma busca de coerência entre consumo de energia e ações sustentáveis. “Os nossos discursos tem que ter relação com as nossas práticas. As ações individuais são muito importantes para o conjunto. É uma sinalização de disposição para mudar”, avalia.

Ramiro Furquim/Sul21
Brack acredita que, atos como o deste final de semana são demonstrações de que pequenos gestos podem fazer grandes diferenças na natureza. “Um exemplo são as lojas que vendem eletrodomésticos. Eu passei na frente de uma que tem 50 televisores LCD ligados e nenhuma pessoa passando na frente. Perguntei quantas lojas daquela rede existiam no país. São mais de 100, funcionando 12 horas por dia e consumindo toda esta energia”, ilustra. De acordo com o professor, “a eficiência energética depende de projetos governamentais, mas, da sociedade em geral também”.

A primeira edição da Hora do Planeta foi em março de 2007 como um evento isolado em uma única cidade, Sidney, na Austrália. A quarta edição do movimento bate recorde no Brasil e no mundo. Alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, como as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel em Paris, a Acrópole de Atenas e até mesmo a cidade de Las Vegas já ficaram no escuro durante sessenta minutos.

Extraído do sítio Sul21

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