Era certo que a abertura dos arquivos da nossa ditadura verde-oliva faria estragos na autoimagem dos nossos golpistas cívicos e teimosos.
Matéria da Folha de S. Paulo diz:
“Documentos secretos do gabinete dos ex-ministros das Relações Exteriores revelam que a ditadura brasileira (1964-1985) deu uma ajuda financeira de US$ 115 milhões à ditadura chilena do general Augusto Pinochet, que assumiu o poder após golpe de Estado no Chile, em 1973. O dinheiro foi enviado em três parcelas para aquisição de equipamentos militares. Relatório considerado “secreto” e “urgente”, em 26 de outubro de 1976, afirma que o Brasil prestava “importante ajuda”, inclusive financeira, ao governo Pinochet. O empréstimo foi feito a juros camaradas, que podiam ser pagos em até dez anos, em prestações semestrais. Em valores atualizados, o valor corresponderia a R$ 1,3 bilhão”.
O Brasil foi a Cuba da ditadura chilena.
O Brasil foi os Estados Unidos de Pinochet.
O Brasil foi a União Soviética do pinochetismo.
Financiou o fascismo do vizinho.
Colaborou generosamente para a compra de equipamentos que serviram à tortura, ao extermínio de opositores e aos interesses de um ditador.
Vem mais coisa por aí.
A solidariedade entre ditaduras é comovente.
Faz pensar em parasitas unidos para devorar uma presa.
Tudo, claro, acima de ideologias.
Que ideologia é coisa de esquerda.
Extraído do sítio Jornal Correio do Povo
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