Beirute, 8 fev (Prensa Latina) O líder do movimento de resistência libanês Hezbollah (Partido de Deus), Hassan Nasrallah, chamou à unidade dos muçulmanos frente aos Estados Unidos, cujas duas preocupações no Oriente Médio são Israel e o petróleo, afirmou.
Durante um discurso pronunciado ontem à noite por videoconferência em ocasião do aniversário do Profeta Mahoma, o secretário geral do agrupamento xiita defendeu a imagem do Irã e da Síria frente à ofensiva política, midiática e militar de Washington e seus aliados.
A respeito, Nasrallah acusou as "potências arrogantes" (Ocidente) de não desejarem a unidade entre os muçulmanos, para poderem assim materializar suas ambições, e negou categoricamente que o Irã esteja promovendo um "expansionismo xiita" na região e no mundo.
Criticou com dureza o intervencionismo estadunidense para ajudar seu aliado sionista e, como contrapartida, apresentar uma imagem negativa do Irã na região. "Washington tem só duas preocupações no Oriente Médio: Israel e o petróleo", afirmou.
Por outro lado, o jeque xiita agradeceu em seu discurso assistido por milhares de partidários em Beirute o respaldo da República Islâmica do Irã ao movimento de resistência libanês e a solidariedade com o governo do presidente sírio, Bashar Al-Assad.
"O único erro do Irã é que derrocou Al Shah (Mohamad Reza Pahlavi, em 1979), um espião dos Estados Unidos e de Israel, e restaurou o equilíbrio na região", assinalou o líder libanês ao agradecer o apoio de Teerã ao Hezbollah durante a chamada Guerra dos 34 dias com Israel.
"A resistência no Líbano conseguiu a maior e mais importante vitória árabe contra Israel em 2006. Este triunfo não teria sido possível sem o apoio do Irã", enfatizou.
Além disso, confirmou que o Hezbollah "não se beneficia unicamente do suporte político e moral, mas também material" do Irã, que apoia a resistência palestina e isso "constitui um orgulho".
Com relação à Síria, denunciou que os "Estados Unidos e outros países ocidentais, além de Israel e certas nações árabes, tomaram a decisão de derrocar o Governo do presidente Bashar Al-Assad", recorrendo para isso a qualquer meio e método.
Depois de negar que o Hezbollah tenha algum papel na Síria, Nasrallah afirmou que "a verdade é que existe um governo que tem uma Constituição, um Parlamento e se mantém com o apoio do Exército e "da maioria das pessoas", mas admitiu que há deserções.
Defendeu as reformas empreendidas por Al-Assad e qualificou de montagem e desinformação as reportagens sobre a suposta repressão militar em Homs contra civis, coincidindo -observou- com o debate no Conselho de Segurança da ONU de uma resolução anti-síria.
"A coincidência no momento desta campanha (midiática) com a reunião do Conselho prova que os meios são submissos às regras desta guerra, novamente impostas pelos Estados Unidos", criticou.
Extraído do sítio da Agência Prensa Latina
Extraído do sítio da Agência Prensa Latina
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