14 fevereiro 2012

ARGENTINA ACEITA OFICIALMENTE MEDIAÇÃO EM DISPUTA COM REINO UNIDO

Buenos Aires, 13 fev (Prensa Latina) O governo argentino aceitará hoje formalmente a mediação do presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), Nassir Abdulaziz Al-Nasser, na disputa com o Reino Unido pela soberania das ilhas Malvinas.



Buenos Aires considera que tem direitos geográficos, históricos e jurídicos sobre esse território, localizado a cerca de 400 milhas marítimas de sua costa e ocupado ilegalmente por Londres desde 1833.

O chanceler Héctor Timerman, enviará nesta segunda-feira a resposta oficial de seu governo, através da qual este país aceita a mediação de Abdulaziz Al-Nasser.

Timerman alertou na ONU, na última sexta-feira, sobre a crescente militarização do Atlântico Sul pela nação europeia, que enviou às Malvinas o submarino nuclear Vanguard, o destruidor HMS Dauntless e aviões Typhoon.

As bases militares britânicas nas ilhas Ascensión, Santa Helena, Tristán de Acuña, Malvinas e Georgias do Sul e Sándwich do Sul dominam todo esse território, explicou o diplomata em conversas com representantes do órgão internacional.

Al-Nasser expressou sua esperança de que ambas as partes possam resolver a disputa pacificamente através da mediação e do diálogo e de acordo com o direito internacional.

A renovação do contato diplomático em torno deste conflito ocorre quando se cumprem 30 anos da disputa bélica de 1982 entre Argentina e Reino Unido pelo controle do arquipélago, que concluiu com a morte de 649 argentinos e 255 britânicos.

As recentes declarações do premiê do país europeu, David Cameron, que acusou a Argentina de "colonialista", atiçaram as diferenças, como parte de uma "escalada militarista" de Londres, segundo considerou o ministro argentino de Relações Exteriores.

A ONU aprovou ao redor de 40 resoluções que chamam ao diálogo para solucionar o conflito mas o Reino Unido se nega a viabilizar.

A Argentina nesta causa conta com o apoio de mecanismos regionais como a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, a União de Nações Sul-americanas, o Mercado Comum do Sul e a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América, entre outros.


Extraído do sítio da Agência Prensa Latina

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