15 fevereiro 2012

IRÃ CONDENA TERRORISMO E DENUNCIA GUERRA PSICOLÓGICA DE ISRAEL

Teerã, 14 fev (Prensa Latina) - O Irã condenou hoje toda forma de terrorismo ao negar acusações de Israel sobre seu suposto envolvimento em atentados contra objetivos diplomáticos na Geórgia e na Índia, e chamou tais acusações parte de uma "guerra psicológica anti-iraniana".


À rejeição das autoridades da República Islâmica somou-se a refutação categórica do porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, de qualquer tipo de vínculo entre esta nação e os referidos ataques a pessoal das embaixadas israelenses.

"O regime sionista tem um sério recorde de ações criminosas contra a humanidade e é o primeiro suspeito de qualquer operação terrorista no mundo", declarou o porta-voz ao qualificar de infundadas as acusações sionistas.

Tel Aviv culpou Teerã de estar por trás da bomba detectada em um carro de sua embaixada em Tbilisi e pela explosão de um artefato em Nova Déli, onde ficou ferida uma funcionária governamental, aumentando mais ainda a tensão em torno do conflito entre ambos governos.

O porta-voz persa recordou que a República Islâmica é "a maior vítima do terrorismo, enquanto Israel e seus aliados são as principais fontes do terrorismo no mundo".

As acusações e sua refutação ocorreram em momentos de preocupante escalada anti-iraniana por parte dos Estados Unidos, seu aliado Israel e a União Europeia (UE) contra o Governo de Ahmadinejad para forçá-lo a deter seu programa nuclear pacífico.

Chefes militares e líderes políticos iranianos advertiram que, se forem intensificadas as pressões e a soberania do país se ver ameaçada, poderiam cortar o fluxo marítimo pelo Estreito de Ormuz, por onde diariamente são transportados ao redor de 15 milhões de barris de petróleo.

Esse volume de hidrocarboneto equivale a 90 por cento das exportações do Golfo Pérsico e de 40 por cento do consumo mundial de petróleo, de acordo com estatísticas oficiais regionais.

Diante disso, autoridades do vizinho emirado Kuwait alertaram que nenhum país árabe do Golfo Pérsico possui um plano de contingência para o Estreito de Ormuz, no caso do recrudescimento das sanções ou uma agressão militar leve o Irã a fechá-lo.

A fonte, citada por meios de comunicação na Cidade do Kuwait, assinalou que se os países do Golfo fossem considerar um plano de emergência examinariam aumentar o uso de um oleoduto de 745 milhas denominado Petroline, que enlaça o oriente da Arábia Saudita com o Mar Vermelho.

Outra opção, agregou o funcionário governamental não identificado, seria recorrer ao oleoduto que fornece 1,5 milhão de barris por dia e atravessa Abu Dhabi até chegar ao porto de Fujairah, justamente no sul do estratégico Estreito.

Extraído do sítio da Agência Prensa Latina

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