CARACAS.— "Os tempos de massacres e pacotes neoliberais ficaram na história", afirmou o vice-presidente executivo da Venezuela, Nicolás Maduro, numa alocução ante milhares de pessoas reunidas em Caracas, informou a PL.
No ato comemorativo da rebelião popular conhecida como o Caracazo (27 e 28 de fevereiro de 1989), Maduro afirmou que "agora vêm tempos de esperança, de solidariedade, de socialismo, do povo no poder e de democracia verdadeira".
Contrário ao pacote neoliberal impulsionado naquele tempo pelo governo de Carlos Andrés Pérez, o líder venezuelano anunciou a indenização de 34 famílias, vítimas do Caracazo.
Durante os dois dias que duraram as manifestações, as forças policiais, por ordem de Carlos Andrés Pérez, massacram milhares de pessoas que protestavam nas ruas de Caracas contra as disposições econômicas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional.
"Ainda está fresca a pegada daquele ano, quando um povo viveu horas históricas, um povo que saiu às ruas exigindo liberdade", disse Maduro, lembrando os jovens que protestavam nas ruas e que morreram durante os acontecimentos daquele fevereiro.
No ato, o presidente da Assembléia Nacional, Diosdado Cabello, leu o decreto que aprova a conformação da Comissão da Verdade, encarregada de investigar os crimes de lesa-majestade cometidos durante o período de 1958 a 1999.
A Comissão está integrada por 19 membros que determinarão as responsabilidades nos fatos ocorridos contra os direitos humanos.
VENEZUELA INTEGRA A COMISSÃO DE DDHH DA ONU
A entrada formal da Venezuela como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que teve lugar neste 27 de fevereiro, é uma homenagem a luta do povo venezuelano e ao trabalho do presidente Hugo Chávez, disse o vice-ministro das Relações Exteriores para a Europa, Temir Porras Ponceleón.
A AVN destaca que o funcionário ratificou o compromisso de seu país com a Declaração e com o Programa de Ação de Viena de 1993, "na medida que têm contribuído para a consolidação de que os direitos humanos são universais, indivisíveis, interdependentes e interrelacionados".
Caracas vai integrar o Conselho durante o período 2013-2015, depois de ter sido selecionada, em 12 de novembro passado, com 154 votos a favor. Este conselho foi criado em 2006, para fortalecer a promoção e proteção dos Direitos Humanos no mundo.
Extraído do sítio Granma
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