Em apenas cinco dias do mês de Julho a área sem gelo da Gronelândia aumentou de 40 por cento para 97 por cento do total da ilha, um acontecimento sem precedentes nos 30 anos em que existem observações sistemáticas das condições ambientais do território.
Ao tomarem contacto com os dados, os cientistas começaram por se interrogar sobre a eventualidade de existir um erro, o que não se verificou.
Poucos dias depois de ter sido detectada a fragmentação de um imenso bloco de gelo com uma superfície superior à de Lisboa e que se transformou num iceberg à deriva no Mar do Norte este é o segundo fenómeno de características raras verificado na Gronelândia num espaço de tempo mínimo. O iceberg separou-se do glaciar de Petermann.
Son Nghiem, um cientista da NASA, declarou no site desta agência que os dados sobre o degelo eram tão invulgares que "no início me interroguei sobre os resultados: seriam reais ou um erro?".
Os cientistas estão a analisar em pormenor os insólitos fenómenos e não se consideram ainda em condições de prever de que modo os acontecimentos se podem reflectir na subida das águas dos mares. Lora Koening, igualmente cientista da NASA, não tem dúvidas, porém, de que "se continuarmos a registar acontecimentos deste tipo nos próximos anos a situação poderá ser muito preocupante".
Para já, os cientistas consideram que este degelo associado aos dados existentes sobre o aquecimento do Árctico dá origem a uma situação de degeneração climática que se potencia a si mesma como num ciclo vicioso que, de momento, não tem sinais de interrupção.
Extraído do sítio Bloco de Esquerda do Parlamento Europeu
Extraído do sítio Bloco de Esquerda do Parlamento Europeu
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