10 agosto 2012

FAO ANUNCIA RISCO DE NOVA CRISE ALIMENTAR

Seca afeta plantação de soja em Princenton, nos Estados Unidos, nesta foto de 18 de julho. REUTERS/John Sommers II

A FAO, braço da ONU para a Agricultura e Alimentação denunciou nesta quinta-feira o risco de uma crise alimentar comparável a de 2007-2008 se reproduza. A situação pode voltar a acontecer caso alguns países continuem a restringir suas exportações, enquanto os preços dos cereais aumentam devido a seca que atinge certas zonas de produção.

O calor e o tempo seco no centro-oeste dos Estados Unidos provocaram o aumento do preço do milho e da soja, levando a um aumento geral dos preços dos cereais. Maus resultados nas colheitas na região próxima ao Mar Negro, poderiam levar países, como a Rússia, a limitar suas exportações.

Em 2007, além de condições climáticas desfavoráveis, o custo recorde de carburantes, políticas de restrição de exportações e a alta dos preços dos cereais, fazendo disparar o preço dos alimentos, gerou uma situação de crise. Na época, violentas manifestações foram registradas no Egito, Camarões e Haiti.

O preço da cesta básica de alimentos, que contém, carne, cereais, óleos, produtos lácteos e açúcar, calculada todos os meses pela FAO sofreu uma alta de 6% entre os meses de junho e julho desse ano. A organização assinala que a situação é diferente de 2007, quando a elevação do preço do barril de petróleo vez explodir ainda mais os custos da produção, mas que é preciso evitar intervenções restritivas no mercado.

A alta dos preços atinge especialmente os países mais pobres que não produzem quantidades suficientes de alimentos e seus próprios territórios. Quase um bilhão de pessoas no mundo não possuí recursos para se alimentar e depende inteiramente de programas de assistência, de acordo com dados das Nações Unidas.

Extraído do sítio RFI

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