Jornais franceses analisam o efeito cascata dos "subprimes" do mercado imobiliário na crise mundial. Flickr/ ILPeoplesAction
O aniversário de cinco anos da crise financeira mundial domina a manchete do principal diário econômico francês, o Les Echos, que dedica extensa reportagem para rememorar os fatos e analisar os efeitos provocados pelos chamados "subprimes", os títulos de crédito imobiliário que estremeceram as bases do sistema bancário e abalaram as economias mais poderosas do mundo.
Em 9 de agosto de 2007, lembra o Les Echos, o banco francês BNP Paribas suspendeu a valorização de três de seus fundos vinculados aos subprimes americanos, desencadeando uma crise que ainda não acabou. A data, segundo o jornal, marca talvez o fim de um período em que o capitalismo financeiro funcionou livremente, sem se autoregular.
O poder dos Estados Unidos, no epicentro da maior tormenta econômica mundial depois da depressão dos anos 30, enfraqueceu, constata o Les Echos e na Europa, o futuro do euro ficou ameçada com o problema da dívida soberana dos estados. O jornal lembra ainda que a crise na zona do euro derrubou vários governantes, como Gordon Brown, na Grã Bretanha, Silvio Berlusconi na Itália e Nicolas Sarkozy, na França.
O ex-presidente Sarkozy está na origem da manchete do Aujourd' hui en France. O jornal repercute a polêmica lançada pelo ex-presidente que emitiu ontem um comunicado criticando na terça-feira o suposto imobilismo da política da França sobre a Síria. Em entrevista ao Aujourd'hui en France, o chanceler socialista Laurent Fabius disse que esperava outra postura do ex-presidente e que a Síria, com seu arsenal de armas químicas, não é a Líbia. Ele lembrou ainda que Sarkozy recebeu o presidente Bashar Al-Assad, em Paris, 4 anos atrás.
O Le Figaro traz em capa o alerta do Banco da França de que o país poderá entrar em recessão diante da previsão de queda de 0,1 do PIB francês no terceiro trimestre do ano.
O Libération afirma em sua reportagem principal que o governo francês ainda estuda o congelamento nos preços dos combustíveis que estão em alta desde o início de julho. Apesar de ser uma das promessas do então candidato François Hollande, o ministério da Economia avalia que o nível de alerta ainda não foi atingido.
Extraído do sítio RFI
Extraído do sítio RFI
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