Novo mandatário governará diante de uma crescente força de oposição.
Nicolás Maduro, o presidente recém-eleito da Venezuela, após o resultado das eleições em Caracas em 14 de abril de 2013 (Luis Acosta/AFP/Getty Images)
Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial de domingo na Venezuela com 50,56% dos votos, enquanto Henrique Capriles, o candidato da oposição da Mesa da Unidade, teve 49,07%.
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, disse que 7.505.338 votos foram a favor de Maduro e 7.270.403 votos a favor da Capriles, o que corresponde à participação de 78,71% dos eleitores, com contagem de 99,12%, segundo a Globovisión.
Durante o boletim eleitoral, apresentado após 23h, Lucena disse que “tendo em vista esses resultados tão justos”, ela falou com os dois candidatos, no entanto, esclareceu que eles “mostram uma tendência irreversível”, o que favoreceria Maduro.
Os resultados indicam que o sucessor de Hugo Chávez governará enfrentando uma força crescente de oposição. Capriles alcançou 44,31% dos votos nas últimas eleições de outubro de 2012, indicando um aumento de 5% em popularidade.
Em seu discurso, Nicolás Maduro expressou diante de seus seguidores no Palácio Miraflores que “é uma batalha” que ele havia ganhado, segundo a Globovisión.
Mas também alertou sobre interferências no setor eletrônico. “Hoje, capturamos uns colombianos com dispositivos eletrônicos e amanhã os apresentaremos”, disse Maduro.
Maduro também comentou que a presidente argentina Cristina Fernandez esteve aguardando os resultados durante todo o dia.
Capriles não reconhece os resultados
Henrique Capriles disse publicamente que não reconhece os resultados até que se abram as urnas e contem os votos. A Venezuela é baseada num sistema eletrônico.
“Não reconheceremos um resultado, até que se conte cada voto venezuelano”, disse Capriles, segundo o El Universal, referindo-se ao boletim do CNE, que anunciou Maduro como o vencedor.
Por sua vez, Capriles afirmou que são falsas as afirmações de Maduro após estes resultados, em que ele teria telefonado pedindo para fazer um pacto.
“Em conversa com o governo, dissemos que tínhamos um resultado diferente do expressado nesta noite e que nós, em nome da democracia, da paz e do compromisso que temos com a Venezuela, queremos que se faça uma auditoria, porque estamos falando de uma diferença muito pequena”, disse Capriles, segundo o El Universal.
“Eu não pactuo com mentiras nem com a corrupção”, acrescentou ele. “Começo assim, pois ouvi um discurso falando de um pacto. Não pactuo com a ilegitimidade, com aqueles que considero ilegítimos”, disse Capriles.
Num discurso público, Nicolás Maduro disse, “recebi um telefonema [de Henrique Capriles] e conversamos [...] ele me propunha enviar seus chefes de campanha para fazer um pacto, eu disse que não.”
Por sua vez, Maduro afirmou que não se opunha a auditoria dos votos e afirmou, “O maior interessado numa auditoria somos nós. Peço a CNE que faça uma auditoria”, informou a Globovisión.
Extraído do sítio The Epoch Times
Extraído do sítio The Epoch Times
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