14 maio 2012

AMÉRICA LATINA VIVE MELHOR MOMENTO DE SUA HISTÓRIA - Ignácio Ramonet

A América Latina está vivendo o melhor momento de sua história, ao retirar da pobreza 80 milhões de pessoas pelas políticas de governos progressistas, afirmou aqui o diretor do jornal francês Le Monde Diplomatique, Ignacio Ramonet.

Depois de dois séculos de história, a região está celebrando o bicentenário das independências e quiçá nestes dois últimos séculos nunca tem tido democracia tão estendida nos países latino-americanos e paz, com exceção do que ocorre em Colômbia, agregou.

Ramonet apresentará hoje nesta capital seu último livro "A explosão da comunicação" que trata da explosão do jornalismo mediante uma reflexão de quais são os efeitos do impacto de internet nesse âmbito, e daí está mudando.

Em entrevista ao jornal digital oficial O Cidadão, o escritor, jornalista e acadêmico destacou que no contexto regional nunca teve tanto interesse pela integração.

Em particular referiu-se à União de Nações Sul-americanas (Unasul), a Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (ALBA) e a Comunidade de Estados da América Latina e Caribe (Celac), como importantes mecanismos em desenvolvimento.

Tudo isto, agregou, mostra uma vontade latino-americana de trabalhar em comum e considerou que esse esforço que estão fazendo os governos progressistas, que são maioritários nesta região, é um esforço em defesa da justiça, da igualdade.

Comentou a existência de uma terrível desigualdade com o monopólio do setor privado sobre os meios de comunicação, e muitos destes governos propuseram-se a necessidade de voltar a equilibrar esse monopólio e estão criando serviços públicos de informação e comunicação, acrescentou.

Isto é bastante mal tolerado pelos grupos privados de comunicação e por isso hoje, quando um se passeia por América Latina, há a mesma batalha que no Equador onde os meios privados reprovam o governo democraticamente eleito, disse Ramonet.

Rejeitam estes governos, assinalou, por supostamente atacar à liberdade de expressão ou praticar a censura, quando na realidade o problema é que não querem perder o monopólio da propriedade dos meios que tinham.

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