Lideranças políticas da Grécia se reunem de novo nesta terça para tentar formar um governo de tecnocratas. REUTERS/John Kolesidis/Files
O presidente grego, Carolos Papulias, lançou mão de uma última cartada, para evitar novas eleições em junho, diante do fracasso que os partidos ganhadores enfrentam para formar um governo de coalizao, e afastar a ameaça de saída da zona do euro. A proposta de Papulias é a formação de um governo de tecnocratas, ou seja, de personalidades não políticas que tenham o apoio da maioria no parlamento.
Os líderes de todos os partidos representados no parlamento participam nesta terça-feira de nova reunião para discutir a iniciativa do presidente. Antes Papulias terá um encontro a portas fechadas com o conservador Panos Kammenos, cujo partido nacionalista populista ganhou 33 dos 300 assentos nas últimas eleições do dia 6. Até então ele tinha sido mantido à distância das negociações para formar uma coalizão entre os principais vencedores.
O partido de esquerda radical Syriza, que despontou como segunda força política do país ao rejeitar totalemente as imposições do plano de austeridade, também vai estar no encontro. Apenas o partido comunista extremista KKE e os neonazistas do Amanhecer Dourado não foram convocados.
O governo tecnocrata em discussão terá como tarefa flexibilizar e renegociar a longo prazo as medidas de austeridade drásticas impostas à Grécia em troca de assistência financeira da União Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional.
Mas os líderes da zona do euro já deram a entender que se a Grécia não respeitar escrupulosamente as condições do plano internacional de resgate, ela poderá sair do bloco, mesmo que isso possa desestabilizar a moeda única. A crise grega e também a situação na Espanha fizeram com que as bolsas europeias despencassem nesta segunda-feira.
Extraído do sítio RFI
Extraído do sítio RFI
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