No desespero para defender o governador Marconi Perillo, que está mais sujo do que pau de galinheiro e corre o sério risco de sofrer impeachment, o PSDB divulgou hoje uma nota oficial em que abre o jogo sobre as suas intenções eleitoreiras no julgamento do chamado "mensalão do PT". Após rechaçar a proposta da CPI do Cachoeira de convocar novamente o tucano de Goiás, com base nas pesadas denúncias publicadas pela revista Época, a direção da sigla confessa que o julgamento no STF visa desgastar eleitoralmente o PT.
"Acuado com a aproximação do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, que poderá ter efeitos danosos sobre as candidaturas do partido nas eleições deste ano, o PT usa a CPI do Cachoeira para tentar intimidar a oposição", diz a nota. O PSDB tenta confundir os dois processos, um no STF e outro no Congresso Nacional, e explícita que espera que o julgamento cause "efeitos danosos para as candidaturas" do PT. Daí a forte pressão, amparada pela mídia demotucana, para garantir que o julgamento ocorresse nas vésperas das eleições municipais.
O circo está montado
A partir de 2 de agosto, data do início das sessões no STF, jornalões, revistonas e emissoras de televisão, principalmente a TV Globo, não falarão em outra coisa. Folha e Estadão inclusive já anunciaram que farão uma cobertura especial sobre "o julgamento do maior escândalo de corrupção da história do país". Os "calunistas" amestrados da mídia também já se preparam para o "decisivo" mês de agosto. Os holofotes estarão voltados para o STF, numa cruzada pela condenação dos réus - principalmente do ex-ministro José Dirceu. O oposição de direita, representada pelo partido da mídia, aposta todas suas fichas no julgamento.
Caberá à CPI do Cachoeira não se dobrar ao circo montado. A cassação do ex-demo Demóstenes Torres não encerra as investigações sobre os vínculos do crime organizado com governos e empresas - inclusive da mídia, como é o caso da Veja. A CPI tem muito trabalho pela frente. Os tucanos vão chiar, principalmente se as apurações abaterem Marconi Perillo e chegarem até José Serra, que no governo de São Paulo fechou bilionários contratos com a Delta, a empresa de fachada do mafiosa Cachoeira. Faz parte do show!
Extraído do Blog do Miro
Extraído do Blog do Miro
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