Em entrevista na semana passada, presidente da FIFA havia dito que sabia da propina de R$ 45 milhões paga aos ex-dirigentes Teixeira e Havelange. Sobre o último, acha que deve deixar a presidência de honra da Federação.
Ao contrário do que disse em entrevista na semana passada, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse neste domingo que não sabia do suborno pago ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e a seu antecessor, João Havelange, até a falência da extinta empresa de marketing esportivo ISL, então parceira da Fifa. "Eu não sabia de nada até a falência da ISL. Foi a Fifa que reuniu os documentos e iniciou o processo. Quando eu disse que é difícil medir problemas do passado com os padrões de hoje, falei de forma geral. Para mim, suborno é inaceitável, e estou sendo acusado disso", disse Blatter ao jornal suíço Blick.
Documentos divulgados pela justiça suíça na quarta-feira 11 comprovaram o pagamento de R$ 45 milhões em propina aos ex-dirigentes, por meio da ISL, entre os anos de 1992 e 2000. Na entrevista publicada pelo site da Fifa na última quinta-feira, o dirigente afirmou que na época dos pagamentos, o fato não era problema, mas sim nos padrões de hoje. "Saber o que? Que comissões eram pagas? Naquela época, tais pagamentos podiam ser deduzidos até mesmo de impostos como gastos de negócios", disse. "Eu não poderia saber de uma ofensa que na época não era ofensa".
Na entrevista deste domingo, Blatter também diz que, por ele, João Havelange deixaria a presidência de honra da Fifa, apesar de a decisão, ressalta, não depender dele. "Ele tem de ir. Ele não pode continuar como presidente de honra depois desses incidentes", disse. Blatter disse que levará o caso para ser analisado pelo Comitê da entidade no próximo Congresso.
Fifa pede desculpas
A Fifa divulgou uma nota na última sexta-feira pedindo desculpas sobre os argumentos utilizados pelos advogados da Federação em defesa aos ex-dirigentes acusados de propina. O jurídico da Federação havia alegado que o suborno é normal para algumas culturas, chegando a fazer parte da renda de determinados povos, como os sul-americanos e os africanos.
A alegação causou polêmica na imprensa e por meio da nota, a Fifa repudiou os argumentos. "Os comentários em relação a supostas práticas de negócios dos sul-americanos e africanos feitos por um consultor jurídico externo que representou a FIFA no caso não refletem a posição da entidade", diz trecho do posicionamento.
Extraído do sítio Brasil 247
Extraído do sítio Brasil 247
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